São Paulo, sábado, 9 de setembro de 1995 |
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Discurso não condiz com prática, diz pastor
CLÁUDIA TREVISAN
Wright é uma das 11 personalidades escolhidas pelo governo para integrar o comitê que definirá o vencedor do prêmio de direitos humanos instituído por FHC. A premiação foi anunciada pelo presidente anteontem nas comemorações do dia Sete de Setembro. A escolha surpreendeu Wright, que não foi consultado com antecedência. "Levei um susto quando ouvi meu nome no discurso do presidente transmitido pela TV." Em seu pronunciamento, FHC defendeu a aprovação, pelo Congresso, da lei que define o crime de tortura. "É a primeira vez que vejo o Executivo manifestar preocupação com esse tema", disse o pastor. Ele observa que não há empenho de FHC nem de seus líderes no Congresso pela aprovação da lei. Segundo ele, existem 28 projetos de lei sobre o tema em tramitação no Congresso. O pastor acredita que o texto não é aprovado por resistência de militares, que teriam receio de que a lei fosse aplicada a casos de tortura cometidos durante o regime militar (1964-1985). Wright disse que aceitará a nomeação para compor o comitê do prêmio dos direitos humanos. Ele acredita que a iniciativa dará destaque institucional ao tema. O prêmio será entregue no dia 10 de dezembro a pessoas ou entidades que se destacarem na defesa dos direitos humanos. A data coincide com o aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem. Texto Anterior: Presidente tenta pôr fim a atrito com Sarney Próximo Texto: Direitos humanos vão à escola Índice |
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