São Paulo, sábado, 9 de setembro de 1995
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Estado só vai pagar dívida e servidores

DA REPORTAGEM LOCAL

As prioridades do Orçamento do Estado de São Paulo para l996, que prevê gastos de R$ 30,5 bilhões (contra R$ 22 bilhões neste ano), serão o pagamento do funcionalismo, da dívida do Estado, das desapropriações judiciais e o custeio da infra-estrutura de serviços públicos.
Ao sair, ontem, de uma reunião de quase quatro horas com o secretariado, em que discutiu a proposta orçamentária de 96, o governador de São Paulo, Mário Covas, disse que não haverá investimentos em obras públicas.
Afirmou que "será muito difícil" o Estado voltar a ter, como há sete ou oito anos, recursos de até R$ 3 bilhões, previstos no Orçamento, para a realização de obras "porque as despesas com o custeio tendem a aumentar".
Segundo o secretário da Fazenda, Yoshiaki Nakano, a dívida total do Estado, hoje, é superior a R$ 50 bilhões. "Em 31 de agosto, a dívida mobiliária e contratual (títulos públicos e sistema financeiro) era de R$ 45,6 bilhões. Desde que assumimos o governo, pagamos R$ 900 milhões da dívida, não fizemos um empréstimo e ela aumentou em R$ 11,5 bilhões".
Covas voltou a defender parcerias com o setor privado.

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