São Paulo, sábado, 9 de setembro de 1995 |
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Dívida pode atrapalhar negociação salarial
DA REPORTAGEM LOCAL O dissídio coletivo dos funcionários do Banespa, previsto para este mês, terá mais uma rodada de negociações na próxima semana.Na terça-feira, dia 12, diretores do banco e representantes dos bancários estarão reunidos para tratar do assunto. Em razão da atual situação do banco (dívida de R$ 13 bilhões e patrimônio líquido negativo de R$ 4,2 bilhões), as negociações poderão se complicar. Os bancários pedem 46,67% de reajuste (ICV do Dieese de setembro de 94 a agosto de 95). Além disso, eles querem aumento real (acima da inflação) de 12,7% a título de produtividade. Em março o Banespa deu 8% como antecipação, índice que os bancários querem que não seja descontado agora. A Febraban (Federação Brasileira das Associações de Bancos) oferece o IPC-r de setembro de 94 a junho deste ano mais o INPC de julho e agosto, no total de 27%. No caso do Banespa, descontados os 8% de antecipação, o reajuste seria de 17,59%. No caso de bancos que tiveram mais de 8%, o reajuste é de 11,98%. Segundo Eduardo Rondino, diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, o Banespa também quer o fim de outros benefícios já conseguidos pelos trabalhadores em acordos coletivos anteriores. Na terça-feira à noite haverá assembléia dos funcionários do Banespa para discutir detalhes da reunião com a diretoria do banco. Na quarta-feira haverá passeata no centro da cidade, da praça Antonio Prado até a sede dos bancários, na rua Tabatinguera. Segundo Rondino, os funcionários querem que o banco retorne ao Estado e que haja uma gestão conjunta entre o governo, funcionários, prefeituras e pequenos e médios empresários e agricultores. Texto Anterior: Ex-governador se defende Próximo Texto: Governo federal deverá insistir na venda Índice |
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