São Paulo, domingo, 10 de setembro de 1995 |
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Setor de autopeças ficará vulnerável, diz Mindlin
ANTONIO CARLOS SEIDL
Mindlin prevê a formação de alianças estratégicas entre as empresas de autopeças em resposta tanto à globalização das montadores quanto ao "modelo López". "O setor de autopeças vai passar por uma grande transformação nos próximos anos", disse em entrevista à Folha na sexta-feira, dia em que fez 81 anos de idade. "Gostaria de ser 20 anos mais moço, e viver esses 20 anos, um período altamente estimulante, para ver o país se encontrar com seu futuro. Espero, pelo menos, um Brasil com trânsito melhorado...", disse. A seguir trechos da entrevista. Folha - Qual o impacto do "modelo López" no setor de autopeças? José Mindlin - Esse modelo de produção torna o setor de autopeças vulnerável. O setor está hoje preocupado com os efeitos da globalização da economia nas suas atividades. A exigência, pelas montadoras de veículos, de qualidade e regularidade de fornecimento de autopeças é absolutamente legítima. O tempo é que vai dizer como isso vai funcionar. Folha - Quais as mudanças que o "modelo López" vai provocar no setor de autopeças? Mindlin - O setor provavelmente vai passar por uma grande transformação. O novo modelo de produção da fábrica de caminhões da Volks em Resende vai provocar alianças estratégicas entre as empresas de autopeças, visando ao aumento da eficiência das suas operações e da qualidade de seus produtos. Folha - Qual é papel nesse processo de transformação da parceria dos fornecedores de autopeças com as montadoras? Mindlin - Esse é um fenômeno que está vindo de mais longe. A transferência da pesquisa e do desenvolvimento dos componentes dos veículos já é uma tendência no caso dos motores diesel. Texto Anterior: Processo é 'inevitável', diz Vicentinho Próximo Texto: Inserção global obriga fim do improviso Índice |
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