São Paulo, domingo, 10 de setembro de 1995
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Conflito atinge estrangeiros

VINICIUS TORRES FREIRE
DE PARIS

Cerca de cem mortos em atentados na última semana na Argélia, 93 estrangeiros e 41 jornalistas assassinados desde 1992, estupros e morte de todos que se oponham à lei islâmica.
Esse é o balanço da atuação do GIA, grupo que surgiu do encontro dos miseráveis argelinos com ex-militantes políticos da FIS.
Hoje, eles são, em sua maioria, membros de gangues lideradas pelos "emires de bairro".
No segundo semestre de 1991, durante a campanha para as eleições parlamentares, a FIS fez greves e manifestações de massa por eleições presidenciais. Seus líderes e cerca de 8.000 militantes foram para a cadeia. Mesmo assim, o partido, que já tinha 55% das prefeituras, obteve mais vagas no Parlamento no primeiro turno.
Os militares cancelaram a segunda votação. O golpe de janeiro estimulou a criação das guerrilhas.
Disputas as mantiveram divididas em pelo menos três correntes. O ramo "djazarista" é ligado aos ex-parlamentares da FIS. Matam intelectuais argelinos.
Os "salafistas", subordinados à direção histórica da FIS, são majoritários. Preferem alvos militares.
Os "afegães" originais lutaram contra os soviéticos no Afeganistão. São os principais suspeitos de sustentar redes na Europa.
(VTF)

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