São Paulo, quarta-feira, 13 de setembro de 1995
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Morro do Turano tem policiamento

DA SUCURSAL DO RIO

A Polícia Militar está mantendo, desde a tarde de segunda-feira, dez policiais no morro do Turano (Rio Comprido, zona norte do Rio) durante 24 horas por dia.
Na madrugada de sábado, dez pessoas, entre elas uma menina de 11 anos, foram assassinadas durante um baile funk no Turano.
Segundo a polícia, o massacre foi cometido por traficantes e os mortos também estavam envolvidos com o tráfico. Segundo o 6º BPM (Batalhão de Polícia Militar), a presença de policiais no morro tem duplo objetivo.
"A ocupação do morro impede novos assassinatos e nos ajuda a ganhar a confiança da comunidade, que pode nos fornecer informações úteis nas investigações", disse o coronel Mazzei, subcomandante do 6º BPM.
A P2 (serviço reservado) do 6º BPM afirma que, de acordo com as investigações, as pessoas assassinadas não eram traficantes ligados apenas ao Turano. Também haveria gente do tráfico do Borel (morro da Tijuca, zona norte).
Embora a identificação dos corpos tenha apontado que apenas um dos mortos seja fichado na polícia -Fábio da Silva Santos, 18, por lesão corporal- Mazzei disse que não há por que duvidar que os demais mortos fossem traficantes.
"Nem todo o pessoal do tráfico tem ficha na polícia. Eles só não tinham ficha porque ainda não tinham sido pegos pela polícia."

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