São Paulo, quarta-feira, 13 de setembro de 1995
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Dicas evitam danos com a rede elétrica

LUCIA REGGIANI
DA REPORTAGEM LOCAL

O computador é, antes de tudo, um aparelho eletroeletrônico. Ele transforma sinais elétricos em combinações de sim e não que se traduzem em letras, números, comandos. E é aí que mora o perigo.
Queda de resistência do cabo que traz a tensão elétrica da tomada para o micro pode provocar a queima de circuitos. Para evitar isso, use um estabilizador para manter constante a tensão (voltagem).
Filtros de linha são recomendados contra interferência de outros aparelhos (liquidificadores, por exemplo) e descargas de energia pela linha telefônica, que danificam as placas de fax/modem.
Se você anda dando choque em maçaneta, cuidado. Isso é acúmulo de energia eletrostática e precisa ser descarregada na terra. Se você mora em apartamento e não sabe se há ponto de aterramento, pegue numa janela ou porta metálica. A energia corre pelo metal e dela para a parede, que, metros abaixo, entra em contato com a terra.
Descarregar a estática é fundamental antes de abrir o gabinete do micro. Evita dano nos circuitos. Se o seu micro estiver conectado a uma tomada de três pinos, aterrada, segure na parte metálica sem tinta do gabinete. Antes de ir para a terra, a energia se espalha pelas extremidades e não atinge os circuitos.
Lembre-se de desligar e tirar o plugue da tomada antes de abrir o micro. Procure não ligar e desligar com frequência. Isso evita picos de corrente elétrica e desgaste.
Na tomada, nunca junte o fio neutro com o terra. Em caso de desequilíbrio de fases, pode haver retorno de corrente elétrica pelo neutro e queimar seu micro.
Respeite a lei de Murphy, aquela que diz que tudo o que pode dar errado dá errado. Café e bolacha, por exemplo, devem ficar longe de leitores de disquetes e teclado. Coloque o micro em mesa fixa, sem rodinhas, num lugar arejado.
Procure fazer cópias de segurança de seus arquivos de trabalho. Se o disco rígido pifar, você tem seu trabalho preservado em disquete. Para economizar, use soft de compactação de dados para colocar mais arquivos no mesmo disquete.
O "MS-DOS", a partir da versão 6.0, vem com o "Backup", programa para cópias compactadas. Há ainda o "ARJ", que tem versões shareware (para experiência) disponíveis em BBS, os serviços eletrônicos de mensagens.
Também em BBS podem ser encontrados programas antivírus shareware para proteger seus arquivos de destruição por vírus de computador. O ideal é ter sempre a versão mais atualizada.
Prefira entrar em BBS ou na Internet (rede mundial de computadores) à noite, quando a ligação telefônica custa menos. Capture o arquivo e deixe para ler melhor depois de se desconectar. Assim, você economiza na conta do telefone e libera a linha.
Se o seu disco rígido já está lotado de arquivos, avalie possibilidades antes de comprar um novo.
Primeiro, verifique se você realmente precisa ter tudo o que tem no disco e jogue fora o que estiver sobrando. Antes da faxina, faça cópias antiarrependimento.
Há programas que compactam arquivos, ampliando o espaço no disco. Com o "Double Space", dá para ampliar em até 80% a capacidade de armazenamento. Há ainda o "Stacker".
Se você tem um disco de 540 Mbytes e precisa de 1 Gbyte, compre outro de 540 Mbytes e deixe os dois funcionando.
Mais difícil é reduzir custos com a ampliação da memória RAM, por onde transitam os programas em uso. Um pente com 8 Mbytes de RAM custa em torno de R$ 400, mesmo preço de um disco rígido de 850 Mbytes.
A saída mais em conta é usar o programa duplicador "RAM Doubler" (R$ 85). Ele redistribui espaços que os programas reservam na memória, mas pouco utilizam. As versões para "Windows 3.1" e micros Macintosh chegaram ao Brasil há cerca de um mês.

ONDE ENCONTRAR
SÓ SOFTWARE: tel. (011) 883-6583; DELLACENTER ("RAM Doubler"): tel. (0142) 23-0909

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