São Paulo, quinta-feira, 14 de setembro de 1995
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Relatório anual não traz dados brasileiros

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O Brasil não está entre os 90 países que concordaram com a divulgação de dados sobre suas economias colhidos todos os anos por técnicos do FMI (Fundo Monetário Internacional).
O FMI resolveu, como parte de uma política de dar maior transparência a suas atividades, tornar acessíveis ao público informações que ele obtém dos seus países-membros, desde que eles concordem com isso.
Esses dados passam a fazer parte do relatório anual do fundo a partir do deste ano, divulgado ontem em Washington.
O subdiretor-gerente do FMI, Stanley Fischer, que apresentou o relatório a jornalistas, disse que "as autoridades brasileiras não demonstraram entusiasmo em relação à proposta de tornar públicas as informações sobre sua economia, embora elas sejam muito favoráveis".
Segundo Fischer, "o Brasil está indo razoavelmente bem. Está crescendo, a inflação permanece baixa. Houve alguma preocupação sobre o déficit da balança comercial, o governo tomou medidas e a situação melhorou".
"Ainda há muito a ser feito e o que acontecer com a política fiscal nos próximos dois anos vai ser muito importante a longo prazo."
O relatório é dominado pela crise mexicana e pelo cinquentenário da entidade. Fischer diz que a pronta intervenção do FMI impediu que a crise contagiasse a economia latino-americana.
O FMI fez ao México o maior empréstimo de sua história: U 19 bilhões, dos quais 8,3 bilhões já foram desembolsados.
O Brasil não recebeu ajuda do fundo entre maio de 1994 a abril de 1995, período a que se refere o relatório.

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