São Paulo, quinta-feira, 14 de setembro de 1995
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Sérgio Motta diz que 'não haverá complacência' com Hargreaves

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro das Comunicações, Sérgio Motta, disse ontem, por meio de sua assessoria, que "não haverá complacência" com o presidente da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), Henrique Hargreaves, se for comprovado conflito de interesses com a função de assessor parlamentar do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
Motta afirmou, segundo a assessoria, que não há determinação prévia de demitir ou manter Hargreaves no cargo. Primeiro, o ministro pretende ouvir as explicações do presidente da ECT.
A previsão é de que Hargreaves antecipará sua volta ao Brasil. Ele participa de congresso no México.
Ontem, o ministro Bento Bugarin foi nomeado relator da investigação que o TCU (Tribunal de Contas da União) vai fazer no Sebrae. O envolvimento do TCU se justifica porque o Sebrae recebe 0,3% da folha de pagamento das empresas recolhidos e repassados pelo INSS (Instituto Nacional de Seguro Social).
Como há envolvimento de um órgão público, as contas do Sebrae podem ser investigadas pelo TCU.
Hargreaves tem uma contrato com o Sebrae para prestar serviços de assessoria parlamentar. Recebe uma remuneração mensal de R$ 23,6 mil. O salário de Hargreaves na ECT é de R$ 5 mil.
Hargreaves foi ministro-chefe da Casa Civil no governo Itamar Franco. O presidente do Sebrae é Mauro Durante, amigo de Hargreaves e secretário-geral da Presidência no governo Itamar.

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