São Paulo, quinta-feira, 14 de setembro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Cidades exibem legado da Antiguidade

ELAINE GUERINI
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Em Corinto, algumas colunas do templo de Apolo (deus do Sol) ainda estão em pé. Em estilo dórico, o templo foi construído em 550 a.C..
A partir da cidade, uma viagem de uma hora e meia leva o turista a Micenas, onde se encontram as ruínas do palácio e da tumba do rei Agamenon.
Construído sobre uma montanha, com elevadas muralhas de pedra, o palácio ainda ostenta os portões de leões em sua entrada (os mesmos citados por Homero em "Ilíada").
Atravessando os portões, logo à direita, fica a tumba real, uma construção piramidal parecida com as do Egito. Subindo até o topo da montanha, chega-se às ruínas da sala do trono, com direito a vista panorâmica.
Micenas foi centro do mundo helênico entre 1400 a.C. e 1150 a.C. e, de lá para cá, parece que nada aconteceu.
Outro ponto de destaque na Antiguidade foi Epidauros (a menos de uma hora de ônibus de Micenas). Naquele período, a cidade era conhecida como um santuário dedicado a Asclépio (deus da Medicina).
Um centro de tratamento medicinal foi construído no local e suas instalações (ou melhor, o que sobrou delas) continuam abertas aos visitantes. A principal atração da cidade, no entanto, é o teatro ao ar livre desenhado pelo arquiteto e escultor Policleto.
Com 14 mil lugares, o teatro conta com uma acústica impressionante. Da última fileira de bancos, a uma altura de mais de 20 metros, é possível ouvir a queda de uma moeda.
O local continua em atividade, principalmente durante o verão, quando são encenadas as clássicas tragédias gregas.
Depois do circuito Corinto-Micenas-Epidauros (no nordeste da península), o turista não pode deixar de visitar o santuário de Olímpia, o berço dos Jogos Olímpicos.
A cidade fica no Peloponeso ocidental, mas a viagem, de cerca de três horas e meia, vale a pena (partindo de Trípolis, no coração da península).
Na Antiguidade, o local era um centro de rituais e oferendas dos mais importantes. Os gregos fizeram de Olímpia um santuário (por volta do ano 1000 a.C.) por acreditarem ser este o lugar de infância de Zeus (o rei dos deuses).
Os próprios Jogos Olímpicos, realizados pela primeira vez em 776 a.C., foram instituídos em homenagem ao deus.
Daquele período, sobraram apenas ruínas. Entre as principais atrações se destacam o antigo estádio, onde os jogos eram realizados, e o templo de Hera (a mulher de Zeus) -onde, ainda hoje, de quatro em quatro anos, é acesa a tocha olímpica para a abertura dos jogos modernos.

Texto Anterior: Avalanche de turistas muda perfil do país
Próximo Texto: Atenas alia passado e presente
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.