São Paulo, sábado, 16 de setembro de 1995
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Ricardo Semler cria suspense em peça

DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de transformar sua experiência empresarial em best seller, com "Virando A Própria Mesa" (1,1 milhão de exemplares vendidos), Ricardo Semler, 36, desengaveta um antigo sonho literário.
Acabou de pôr o ponto final em "Uma Vida À Vista", peça teatral na qual trabalhou durante os últimos três anos.
"É uma peça sobre sequestro enganado, baseada em lendas hindus e chinesas que conheci em viagens", diz.
Na peça, sequestradores levam o filho da empregada de uma família de industrial pensando se tratar do neto do empresário.
E a história gira em torno do pagamento, ou não, do resgate.
"Discuto o efeito do dinheiro em uma família", avisa.
Dividida em dois atos, oito cenas e dez personagens (seis atores), a história mistura suspense e humor, segundo o autor.
Semler gostaria de ver "Uma Vida À Vista" publicada e encenada. Mas garante que não vai desembolsar um tostão para que isso aconteça. "A peça está lançada à própria sorte", diz.
O gosto pelo teatro é antigo. Semler costumava encenar as próprias peças na época de colégio e faculdade. "Não é coisa de última hora", afirma.
Mas não deixa de ser uma experiência nova. "Não gosto de repetir fórmulas. Me dá uma sensação de mediocridade", diz.
Foi a razão de ter desistido da colaboração dominical na Folha.
Para o futuro, Semler tem planos de escrever um roteiro de cinema e um romance.
Guardado na gaveta repousa um esboço de livro de viagens. Mesclando os relatos das peregrinações por lugares exóticos do planeta -como Java (Oceania), Madagascar (África) e deserto de Gobi (Ásia)- com lendas e receitas culinárias desses locais.

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