São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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Participação em reunião agrada brasileiras

SUZANA SINGER
DA ENVIADA ESPECIAL

As brasileiras são unânimes em elogios à conferência da mulher e ao documento final. Representantes do governo e militantes de ONGs acreditam que as decisões de Pequim são "avançadas" e se refletirão no Brasil.
A "Plataforma de Ação" servirá, segundo elas, para dar uma "perspectiva de gênero" às políticas sociais e como instrumento de pressão junto ao governo.
"O documento será um instrumento fundamental para mim, no Conselho Nacional dos Direitos da Mulher", diz Rosiska Darcy de Oliveira, chefe da delegação brasileira depois que a primeira-dama, Ruth Cardoso, deixou a China.
Rosiska acredita que, mais do que o documento, a conferência mostrou sua força ao "atrair milhares de mulheres de todas as partes do mundo".
Ela afirma que a participação brasileira -79 pessoas na delegação oficial e 300 mulheres no fórum de ONGs- foi "competente" porque "soube escolher prioridades e persegui-las até o fim".
Maria Aparecida da Laia, presidente do Conselho Estadual da Condição Feminina de São Paulo, também acha que a "plataforma servirá como guia para elaborar propostas".
"Com o assunto mulher em alta e esse documento embaixo do braço, fica mais fácil negociar verbas com o governo", diz.
Vera Soares, do Centro de Informação da Mulher, uma ONG de São Paulo, acha que as organizações não-governamentais saíram reforçadas do encontro.
"O presidente do Banco Mundial ficou 40 minutos reunido com representantes de ONGs ouvindo propostas e discutindo políticas. É, sem dúvida, um reconhecimento da nossa força", disse.
A embaixatriz do Brasil em Moscou, Thereza Quintella, que também chefiou a delegação, acha que a plataforma é um documento "muito bom, que fala de quase todos os temas importantes para a mulher".
(SS)

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