São Paulo, sábado, 16 de setembro de 1995
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Superávit comercial

Um superávit comercial da ordem de US$ 350 milhões ao mês está bastante próximo do que o governo considerava desejável desde o início do Plano Real. Se concretizada, a estimativa da ministra Dorothea Werneck de que esse é o saldo de agosto indica que o desequilíbrio externo encontra-se sob controle, ao menos temporariamente.
Ao prever que a estabilização favoreceria o crescimento de investimentos externos no país, o governo idealizou uma redução do superávit comercial para US$ 5 bilhões ao ano. Se o saldo estimado para agosto se repetisse por 12 meses, o superávit seria de US$ 4,2 milhões.
O movimento de ajuste de estoques dos importadores e a tendência de aumento das importações no final do ano, entretanto, não permitem considerar o saldo de agosto como um patamar consolidado. Ainda assim, trata-se, se confirmado, de um sinal muito favorável. Afinal, pode ser a primeira vez que o país registra um superávit significativo desde novembro de 94.
Após oito meses de déficits sucessivos, as exportações e importações foram praticamente equilibradas em julho, com uma diferença de apenas US$ 2 milhões. O desaquecimento da economia reduz a demanda de importações e libera excedentes exportáveis. O aumento das tarifas de importação e os incentivos às exportações ajudaram na provável reversão da balança comercial. Assim, no mês passado, as medidas do governo parecem ter finalmente surtido efeito.

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