São Paulo, segunda-feira, 18 de setembro de 1995 |
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Brasileira mais nova no encontro tem 27 anos
SUZANA SINGER
A gaúcha Betania de Moraes conta que acabou sendo escolhida porque a ONU não conseguiu encontrar nenhuma outra líder feminista mais nova. Para garantir a presença jovem no encontro, as Nações Unidas resolveram pagar a viagem de oito líderes que tivessem até 25 anos. Como havia poucas candidatas, acabaram subindo a "nota de corte" para 30 anos. Betania veio à China com a mãe, que é "feminista há muito tempo". Elas participaram de um encontro de ONGs (Organizações Não Governamentais), que aconteceu paralelamente à conferência. "Adorei, conheci mulheres de todos os cantos do mundo", diz. Betania poderia ser a estrela de um episódio daquela série sobre "gente que faz". Formada em direito, ela dá cursos de formação jurídica para mulheres da periferia de Porto Alegre e para lideranças de movimentos populares. Ganha "muito pouco" com esses dois trabalhos. Mesmo assim, encontra tempo para ajudar, como voluntária, doentes de Aids. "Fiz dez anos de ioga e agora dou aula para os soropositivos", conta. Betania acha que o movimento feminista não faz mais tanto sentido para as "teens". "A maioria já atingiu um certo nível de igualdade com os homens", diz. Ela mora com o namorado há três anos e divide todo o serviço da casa. "Ele cozinha superbem e eu não sei fazer nada." Petista, fã de cinema espanhol e consumidora de livros sobre feminismo, Betania não destoa na hora de escolher o homem mais bonito do planeta: é Brad Pitt mesmo. Texto Anterior: Holandesas querem direito à educação Próximo Texto: O jogador Patrick Ewing quer os teens na escola e longe das drogas Índice |
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