São Paulo, terça-feira, 19 de setembro de 1995
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Boa fase faz Muller querer volta à seleção

DA REPORTAGEM LOCAL

A boa fase que vive no Palmeiras levou o atacante Muller, 29, a reformular a sua decisão, anunciada após a Copa de 94, de não mais atuar pela seleção brasileira. Ele disse ontem que quer voltar a ser convocado.
Autor do primeiro gol e de uma série de boas jogadas na vitória de 2 a 0 sobre o Corinthians, anteontem, Muller acredita que a experiência o esteja ajudando a voltar a exibir o futebol dos melhores tempos de São Paulo.
"O Muller está descobrindo coisas que não fazia", disse o técnico Carlos Alberto Silva.
"Ele percebeu que tem capacidade para executar funções diferentes em campo."
Outro que manifestou esperança de retornar à seleção foi o zagueiro Antônio Carlos, 26, que há dois anos não é convocado.
"Pelo futebol que venho mostrando há algum tempo, acho que mereço uma chance."
Carlos Alberto Silva já definiu que o meia Rivaldo será escalado desde o início da partida de amanhã contra o Paysandu, no Parque Antarctica.
Ele vai substituir Cafu, que recebeu o terceiro cartão amarelo contra o Corinthians e está suspenso. A saída do atacante Nílson do time está, pelo menos temporariamente, adiada.
Flávio Conceição está sentindo dores na coxa, mas deve continuar na lateral esquerda amanhã.
Na opinião do treinador, os adversários que restam ao Palmeiras no primeiro turno do Campeonato Brasileiro -Paysandu, Vitória, Grêmio e Juventude- não são menos perigosos pelo fato de não ter mais chances de classificação.
"São franco-atiradores. O Paysandu, por exemplo, vai ser mais difícil em São Paulo do que em Belém, porque joga fechado fora de casa."
O treinador destacou a aplicação tática dos jogadores do Palmeiras nas últimas partidas, onde todos foram vistos ajudando na marcação.
"Comecei a trabalhar isso logo após a perda do Campeonato Paulista e os jogadores assimilaram tão bem que eles próprios se cobram", afirmou Silva.
O vice-presidente de futebol, Seraphim Del Grande, disse que o Palmeiras não está mais procurando reforços.
Segundo ele, as baixas arrecadações do Brasileiro impedem novos investimentos em jogadores.

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