São Paulo, terça-feira, 19 de setembro de 1995 |
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Mamas traz a alegria hippie dos anos 60
SYLVIA COLOMBO
John Phillips, 60, o único remanescente da formação original exige da nova geração a preservação do seu legado: mensagens otimistas e entusiasmo juvenil. Em entrevista à Folha, de sua casa em San Diego (EUA), Phillips falou da turnê pelo Brasil e das saudades dos anos 60. "Mozart e o Mamas não envelhecem", diz Phillips. Segundo ele, nada muito criativo surgiu no cenário pop depois de sua geração. "Kurt Cobain foi a nova luz, mas também esta já se apagou". A nostalgia e a saudade transparecem no seu discurso. "Todo mundo morreu: Hendrix, Garcia, Elvis e Lennon." O Mamas toca nos dias 17 e 18 de outubro no Palladium (São Paulo) e nos dias 3, 4 e 5 de novembro no Jazzmania (Rio). Apresentam-se ainda em mais 9 cidades. A turnê lança "The Best of Mamas & Papas", que sai no Brasil pela Som Livre. Nele estão os grandes hits, como "California Dreamin" e "Monday Monday". O grupo está atualmente em estúdio preparando um CD com material inédito, que chega em abril às lojas. Este novo trabalho, diz Phillips, será mais pop e terá nas duas jovens vocalistas o apelo para atingir o público adolescente. A banda, criada por Phillips há 20 anos, levantou a bandeira do lirismo dentro do movimento hippie. As canções sobre amor adolescente e uma filosofia otimista em relação à vida combinaram-se com melodias simples, acompanhadas de guitarras despretensiosas e percussão bem-comportada. A antiga formação contava com o outro "papa" Dennis Doherty, Michelle Gilliam (ex-mulher de Phillips) e Cass Elliott, conhecida como Mama Cass (morta em 74 depois de um ataque cardíaco). O sucesso começou a vir em 1965, quando o grupo dividiu o palco com Bob Dylan em Nova York. "Naquela noite, Dylan me pediu 20 dólares para comprar cordas de guitarra, nunca mais me devolveu." Em 66 inauguraram seu nome nas paradas norte-americanas, com "California Dreamin"', regravada no Brasil por Rosa Maria no final dos anos 80. Texto Anterior: Che enfrentou magia tribal Próximo Texto: O fim da inocência Índice |
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