São Paulo, quarta-feira, 20 de setembro de 1995 |
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Em Bonn, FHC saúda Berlim
CLÓVIS ROSSI
Começou seu discurso de saudação à prefeita de Bonn agradecendo a acolhida da "Prefeitura de Berlim". Agradeceu igualmente ao Conselho Municipal (vereadores), sempre de Berlim. Só aí notou a troca e tentou corrigir: "É inspiração da nova capital", em referência ao fato de que a Alemanha, agora reunificada, voltará a ter Berlim como capital. Ninguém riu com a piada, depois de traduzida. O pessoal de Bonn não simpatiza nada com a idéia da mudança da capital, pelo óbvio motivo de que a cidade vai perder os rendimentos gerados pela burocracia federal. Se os alemães conhecem bem o Rio, FHC piorou as coisas depois. Disse que o Brasil fizera o mesmo, saindo do Rio para Brasília, mas que "o Rio de Janeiro está recobrando forças". Se Bonn ficar como o Rio está, um quarto de século após ter deixado de ser capital, os habitantes da atual capital administrativa alemã não terão muito a comemorar. Mas, pelo menos, FHC ganhou aplausos das mulheres presentes ao dizer que "todas as prefeitas deveriam ser mulheres". Citou o colar tradicional que a prefeita Barbel Dieckann usava (símbolo do "poder popular") e comparou-a ao senador Vilson Kleinubing (PFL-SC), ex-prefeito de Blumenau e membro da comitiva. "O colar não ficaria tão bem (em Kleinubing) quanto orna no colo de Sua Excelência". Seu pai, Irineu, 58, aposentado, também chorava. E tinha uma explicação poética: "Aqui, a tecnologia pode ser de primeira, mas as flores parecem não ter perfume". FHC esteve ainda com o presidente, o primeiro-ministro e a presidente do Bundestag (o Parlamento federal). Encerrou o dia depositando coroa de flores no cemitério que lembra as "vítimas de guerras e ditaduras". Texto Anterior: FHC e Kohl propõem relançar Eco-92 Próximo Texto: Banda toca parabéns a Ruth Índice |
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