São Paulo, quarta-feira, 20 de setembro de 1995 |
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Banda toca parabéns a Ruth
CLÓVIS ROSSI
Fernando Henrique e sua mulher, Ruth, chegam à sacada da prefeitura da cidade, despedem-se da prefeita Barbel Dieckmann e preparam-se para descer as escadas. "Espera aí, espera aí", grita lá de baixo Ana Tavares, assessora de imprensa do presidente. O casal presidencial pára e a banda da polícia toca o "parabéns a você" para Ruth, que fazia ontem 65 anos. Os fotógrafos e cameramen se deliciam com a cena, mas ainda pedem mais: "O beijo, o beijo". Nada. FHC apenas abraça a mulher e aproxima o rosto. Com ou sem beijo, Ruth gostou tanto da homenagem (aliás, encomendada pelos jornalistas à banda alemã) que garantiu que vai querer comemorar o próximo aniversário no mesmo local. Mesmo sem banda, ela já achava ótimo o cenário em que comeu dois bolos de aniversário, o castelo Petersberg, casa oficial de hóspedes do governo alemão. Um bolo foi encomendado pela comitiva e comido anteontem. O outro foi idéia de alguns fotógrafos e servido ontem à tarde, depois que Ruth se encantou com o brinco que ganhou da mulher do chanceler Lampreia. Era a reprodução exata do brinco de uma pintura de Lanjsberg, pintor alemão. Ruth cortou o bolo, Fernando Henrique foi o primeiro a se servir e, como parece ter-se tornado costume, provocou a Folha. Propôs uma troca ao repórter do jornal: o jornalista faria o discurso, e ele, presidente, faria um "artiguete" comentando-o. Recusada a proposta, o presidente Fernando Henrique foi comer o seu pedaço de bolo, enquanto Ruth dizia que não havia programação alguma à noite, para festejar seus 65 anos. "Para quê sair, se aqui é tão agradável", explicava a primeira-dama, mostrando o cenário da sacada do Petersberg: toda a cidade de Bonn e, acima de tudo, o mítico rio Reno cortando-a. Texto Anterior: Em Bonn, FHC saúda Berlim Próximo Texto: EM VIAGEM Índice |
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