São Paulo, quarta-feira, 20 de setembro de 1995 |
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Morte de brasileira em parque choca NY
DANIELA FALCÃO
Isabel, que morou no Brasil dos 2 aos 16 anos, vivia nos EUA desde 1967. Sua família continua morando no Brasil, no Rio de Janeiro. O corpo de Isabel foi encontrado na manhã de domingo por dois homens, próximo à rua 107, uma das áreas mais desertas do parque. Ela morreu devido a fraturas no crânio. Seu rosto estava irreconhecível e a polícia suspeita que os assassinos tenham jogado a cabeça de Isabel contra o chão várias vezes durante o ataque. Ainda não foi confirmada a hipótese de que ela teria sido estuprada, mas, como seu short estava abaixado, a polícia acha que ela tenha sido violentada. Os exames ficam prontos hoje. Isabel morava sozinha num prédio de luxo, no lado oeste de Nova York. Como ela tinha se mudado havia apenas dois meses, os vizinhos disseram que sabiam pouco sobre ela, mas que parecia "muito calma, calada e gentil". Isabel trabalhava havia três anos na butique de sapatos Stephane Kélian, na avenida Madison, considerada uma das mais elegantes da cidade. Foi o dono da loja quem reconheceu o retrato falado de Isabel na TV e foi até a polícia para identificar o corpo. O crime chocou Nova York e foi capa de todos os jornais locais. Foi o primeiro assassinato no Central Park em mais de 18 meses. No ano passado, houve cinco estupros e apenas um assalto no parque, que tem vigilância policial dia e noite. O crime de domingo é muito parecido com um caso que ficou conhecido como o da "'corredora do Central Park". Em 1989, uma mulher branca de 30 anos foi estuprada, espancada e morta -a 300 m do local onde Isabel foi encontrada- por uma gangue de seis adolescentes, todos hispânicos ou negros. Hoje pela manhã Antônio Monteiro, tio de Isabel, deve chegar a Nova York. Texto Anterior: Médico não reza missa Próximo Texto: Chuva prejudicou busca, diz administradora Índice |
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