São Paulo, sexta-feira, 22 de setembro de 1995
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Reabertura do Econômico não está garantida

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Banco Central não garante a reabertura do Banco Econômico, não descartada sua liquidação e, caso ele seja vendido, não garantirá o emprego dos 9.500 funcionários.
Esta foi a resposta que o presidente do BC, Gustavo Loyola, deu à comissão de 11 funcionários do Econômico que veio a Brasília pedir o fim da intervenção no banco e garantia do emprego, segundo o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Álvaro Gomes.
Segundo os sindicalistas, Loyola disse que está fazendo um esforço para reerguer o Econômico, mas depende do interesse da iniciativa privada em comprá-lo. Ainda não existe uma proposta formal para transferir o controle acionário do banco, afirmou o presidente do BC, conforme Gomes.
O BC está investigando com rigor as contas do Econômico no exterior e enviará os dados finais para o Ministério Público, disse Loyola segundo relato de Erika Koky, integrante da Confederação Nacional dos Bancários.
Ele caracterizou as relações do Econômico no exterior como "muito estranhas, disse ela, e sugeriu que podem se caracterizar como desvio de recursos.
Os funcionários voltaram para casa ainda mais inseguros. Loyola afirmou, segundo Gomes, que a garantia de emprego é responsabilidade do novo controlador e não está na pauta de negociações.
Mercantil
A compra do Banco Mercantil de Pernambuco, sob intervenção desde o dia 11 de agosto, está com as negociações adiantadas e poderá reabrir suas agências sem demissão de funcionários, disseram os sindicalistas após o encontro com Loyola. As negociações são com o Banco Rural, de Minas.
O Econômico também está sob intervenção federal desde o dia 11 de agosto. O banco tem um rombo junto ao BC de R$ 3,3 bilhões. O trabalho da junta interventora vai durar três meses.

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