São Paulo, sexta-feira, 22 de setembro de 1995
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Médicos reclamam de falta de informação

Não há opinião formada sobre plano

LÚCIA MARTINS
DA REPORTAGEM LOCAL

Os médicos do Hospital Municipal José Soares Hungria, um dos locais onde hoje começaria a funcionar a cooperativa em Pirituba (zona norte) -ouvidos anteontem pela reportagem da Folha- nem sequer têm uma opinião formada sobre o plano.
Sua maior reclamação contra o PAS é a falta de informação.
"O plano está nebuloso. Quando alguém me apresentar algo escrito, eu posso negociar. Mas até agora não dá nem para saber", disse a pediatra Mônica Sperandio, 35, que trabalha em Pirituba há oito anos.
Se o psiquiatra Dácio Dutra tivesse que escolher hoje se adere ou não à cooperativa, ele diria não ao novo sistema. Dutra suspeita que o plano seja apenas um "golpe político".
"Não sei se o plano é bom ou ruim, só sei que é muito autoritário. Os médicos nunca foram consultados sobre o PAS. Será que o profissional que está há mais de 20 anos na rede não tem opinião sobre como melhorar o sistema?", perguntou.
Cartilha
O Sindicato dos Médicos de São Paulo começou a distribuir para os associados uma cartilha de resistência ao plano.
A cartilha -batizada de "Diga Não ao PAS"- dá dicas de como o profissional deve se comportar para evitar o plano de saúde da prefeitura.
Os mandamentos da cartilha são: "não assine nenhum termo de adesão ao PAS", "denuncie arbitrariedades" etc.
(LM)

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