São Paulo, segunda-feira, 25 de setembro de 1995
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Donos e gerentes têm dúvidas sobre decreto

Alguns temem reagir contra fumantes

ROGER MODKOVSKI
DA REPORTAGEM LOCAL

Proprietários e gerentes ainda têm dúvida se seus estabelecimentos estão enquadrados na decreto antifumo. Eles também não sabem como lidar com os clientes que insistirem em fumar.
"Só vamos descobrir à medida que as coisas acontecerem", diz José Silva Monteiro, 50, sócio da Churrascaria Boi Preto, no Pari (centro de São Paulo).
A Boi Preto tem música ao vivo à noite, o que a inclui no que o secretário do Planejamento, Roberto Paulo Richter, chama de "meio-de-campo" da decreto.
Rosa Wasserstein, 55, dona do Franz Café da rua dos Pinheiros, em Pinheiros (zona oeste), também não sabe se a área semi-aberta do local está na decreto.
Se um cliente insistir em fumar, Rosa diz que só vai "torcer para não aparecer fiscal".
Fumantes ouvidos ontem pela Folha em restaurantes são contra a decreto, mas vão obedecê-la.
"Não concordo, mas se for uma regra tem que seguir", diz a gerente Elisabeth Neumann, 41.
Elisabeth almoçava ontem no La Tavola (Bexiga, centro) com o norte-americano John Scott, 50, guitarrista e cantor da Glenn Miller Tribute Orchestra.
"Em Los Angeles, alguns restaurantes proíbem o fumo e outros permitem. Você escolhe onde ir", diz Scott, que achou o decreto paulistano "rigoroso".
O jornalista Amauri Marchesi, 41, diz que só não vai abrir mão do cigarro no boteco. "Como eu frequento bares que só servem petisco, acho que não vai ter problema."

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