São Paulo, quarta-feira, 27 de setembro de 1995
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Manifestantes de São Paulo e Rio pedem remédios para aidéticos

DA REPORTAGEM LOCAL; DA SUCURSAL DO RIO

Cerca de 30 representantes de organizações não-governamentais de luta contra a Aids protestaram ontem em frente às secretarias estadual e municipal da Saúde de São Paulo contra a falta de medicamentos para os portadores do vírus HIV, que causa a Aids.
Eles jogaram em frente às secretarias (centro da cidade) cerca de 80 litros de "sangue", na verdade uma mistura feita com groselha. A manifestação começou às 12h em frente à secretaria municipal e depois seguiu para a estadual, onde representantes do movimento foram recebidos pelo secretário José da Silva Guedes.
"No Estado de São Paulo não faltam medicamentos para a Aids, mas há uma preocupação com relação ao futuro", disse Guedes.
"Queremos uma política integrada de medicamentos para o HIV. O paciente não sabe onde nem quando vai encontrar os remédios", disse Mário Scheffer, diretor do grupo Pela Vidda.
No Rio, cerca de 40 representantes de seis ONGs promoveram uma manifestação na Cinelândia, no centro.
Eles protestaram principalmente pela falta de Zoltec e AZT pediátrico nos postos de saúde e hospitais do Rio.
Eles vão pedir que o Ministério da Saúde passe a distribuir gratuitamente o DDC, outra droga usada no combate à Aids.
Os manifestantes criticaram os critérios adotados pelo governo para que portadores do vírus HIV possam receber gratuitamente os medicamentos específicos contra a Aids.
Segundo eles, os pacientes só têm direito a retirar os remédios depois de sofrer a terceira infecção oportunista (doenças que acometem os portadores do HIV).

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