São Paulo, quarta-feira, 27 de setembro de 1995 |
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México cria fundo de infra-estrutura
FLAVIO CASTELLOTTI
O dinheiro vem de privatizações feitas durante o governo Carlos Salinas (1989-1994) e será aplicado na construção de estradas, estações de tratamento de água, projetos de desenvolvimento urbano e de conservação do meio ambiente. Os projetos vão ser efetuados pela iniciativa privada, por meio de licitações que terão início no próximo mês. A previsão do governo é incrementar o fundo com receitas provenientes da venda dos portos (US$ 300 milhões) e outras privatizações que o governo Zedillo deve promover. "O principal objetivo do fundo é ampliar a participação privada em projetos de infra-estrutura", disse Guillermo Ortiz, ministro da Fazenda. A criação do fundo é mais uma tentativa de Zedillo para reaquecer a economia do país. O presidente afirmou que o governo não dará subsídios aos projetos financiados pelo fundo. Pressões A Bolsa mexicana registrou queda de 2% ontem, acumulando perda de 6,4% desde a semana passada. O dólar continuou subindo. Ontem, chegou a ser vendido a 6,50 novos pesos e fechou o dia a 6,45 novos pesos, ganhando cinco centavos (0,8%). É a mais alta cotação da moeda norte-americana frente ao peso nos últimos cinco meses. Economistas indicam a pressão inflacionária e os desentendimentos entre trabalhadores, empresários e governo como principais causas da instabilidade cambial. Por outro lado, a expectativa de que os juros subam no leilão desta semana tirou o interesse de muitos investidores da Bolsa. Desemprego Milhares de desempregados compareceram ontem, na Cidade do México, a uma feira de empregos promovida por empresas multinacionais. A feira dura dois dias. Desde o início da crise no país, no ano passado, cerca de 1,1 milhão de pessoas perderam o emprego. Texto Anterior: Quantidade ou qualidade? Próximo Texto: Bolsa argentina sofre quinta queda consecutiva Índice |
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