São Paulo, sexta-feira, 29 de setembro de 1995
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Câmara reage a fala de FHC

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Um grupo de deputados reagiu ontem à avaliação de FHC de que seria necessário escolher melhor os relatores das propostas de interesse do governo no Congresso.
Os deputados consideraram uma interferência indevida do presidente no Poder Legislativo.
As críticas de FHC foram dirigidas, principalmente, ao parecer de Prisco Viana (PPB-BA) sobre a reforma administrativa.
"Estamos diante de uma situação grave porque, além de crítica, trata-se de uma tentativa de coação", afirmou o deputado Ibrahim Abi-Ackel (PPB-BA) no plenário da Câmara.
Segundo o deputado, "FHC já tem dificuldades demais na Câmara e poderá torná-las insuperáveis".
Viana desagradou ao governo ao apontar oito inconstitucionalidades e oito erros jurídicos na emenda de reforma administrativa.
O deputado José Genoino (PT-SP) afirmou que o presidente não pode "mandar recado" para a Câmara sobre a escolha de relatores.
"Fere a relação autônoma entre os Poderes. A afirmação do presidente foi inábil", disse.
FHC determinou ontem ao líder do governo na Câmara, deputado Luiz Carlos Santos (PMDB-SP), e ao vice-líder, Almino Affonso (PSDB-SP), que negassem as críticas.
Respeito
"O presidente afirmou que tem respeito e apreço pelo deputado Prisco Viana", disse Affonso. "O presidente me autorizou a dizer que não fez as críticas", afirmou Santos.

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