São Paulo, sexta-feira, 29 de setembro de 1995
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Há 25 anos, morria Nasser

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O líder líbio, Muammar Gaddafi, aproveitou o aniversário da morte de Gamal Abdel Nasser para criticar o acordo entre a OLP e Israel.
Ontem fez 25 anos que Nasser, presidente egípcio entre 1954 e 1970, morreu.
Por sua oposição a Israel, o nacionalista e pan-arabista Nasser é considerado o mais importante líder árabe deste século.
"Não à paz, não ao reconhecimento (do Estado de Israel) e não à negociação", era o seu lema, adotado na quarta cúpula dos líderes árabes, em 1967.
Durante seu governo, ele nacionalizou o canal de Suez (que liga o mar Mediterrâneo ao mar Vermelho), o que levou à guerra com Israel, em 1956. Nasser conseguiu manter a península do Sinai sob controle egípcio.
Em 1967, entretanto, ele sofreu a pior derrota árabe contra Israel, na Guerra dos Seis Dias -cujos resultados estão sendo revertidos nos acordos de 1993 e de ontem.
Com a guerra, o Egito perdeu a faixa de Gaza. A Jordânia perdeu a Cisjordânia (leia texto abaixo).
Na tentativa de unificar os árabes contra Israel, o Egito se ligou à Síria em 1958, formando a República Árabe Unida, que durou três anos.
Nascido em 1918, Nasser morreu de um ataque cardíaco aos 52 anos. Seu sucessor, Anuar al Sadat, retrocedeu e aceitou firmar a paz com Israel, nos EUA, em 78 -o primeiro acordo entre árabes e israelenses.

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