São Paulo, sexta-feira, 29 de setembro de 1995
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Ataque surpresa deu início à ocupação

DA REDAÇÃO

A ocupação da faixa de Gaza e da Cisjordânia por Israel começou com a Guerra dos Seis Dias entre Israel e seus vizinhos árabes.
Em 5 de junho de 1967, a aviação israelense atacou de surpresa e destruiu praticamente toda a Força Aérea egípcia ainda no chão. Foi a chave para a vitória rápida. Israel ainda atacou Síria e Jordânia.
Tomou Gaza, que estava sob domínio do Egito, e a Cisjordânia, sob administração jordaniana desde a criação de Israel, em 1948.
Após a guerra, facções radicais da Organização para a Libertação da Palestina -criada em 1964- começaram a ganhar importância.
Grupos armados da OLP iniciaram incursões em Israel e nos territórios ocupados.
Em resposta, Israel atacava os países em que viviam os exilados palestinos supostamente responsáveis pelas ações, principalmente Jordânia e Líbano.
Em 1969, o engenheiro Iasser Arafat, líder da Fatah, uma das facções da OLP, se tornou líder da organização. Sua principal bandeira era que a OLP fosse a única representante dos palestinos.
Essa reivindicação causou a disputa pelo poder entre a OLP e o rei Hussein, da Jordânia, que culminou no episódio conhecido como Setembro Negro -a repressão aos refugiados palestinos pelo governo da Jordânia.
A situação se agravou depois do sucesso de terroristas palestinos em três sequestros de avião. Eles desviaram as aeronaves para território jordaniano sob seu controle.
O Exército jordaniano, fiel a Hussein, e os palestinos entraram em confronto em setembro de 1970. Calcula-se que tenham morrido entre 1.500 e 5.000 palestinos.
Expulsos da Jordânia, eles se concentraram no Líbano. Enfrentamentos entre milícias cristãs e os palestinos levaram à intervenção da Síria, no que se tornou a Guerra Civil libanesa.
A OLP conseguiu ganhos internacionais na década de 70. Em novembro de 74, Arafat foi ouvido na Assembléia Geral da ONU como representante palestino oficialmente reconhecido, apesar da oposição de EUA e Israel.
A legislação israelense definia como crime qualquer contato com membros da OLP, assim como o estatuto da OLP estabelecia como objetivo da organização a destruição do Estado de Israel.
Durante a década de 80, a OLP passou a agir cada vez mais como uma entidade política e renunciou ao terrorismo, mas incentivou a rebelião nos territórios ocupados (Intifada), iniciada em 1987.

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