São Paulo, sexta-feira, 29 de setembro de 1995
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Paz traz protestos a Hebron

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Hebron, a única cidade da Cisjordânia habitada por israelenses e o ponto mais complicado das negociações de paz, recebeu a assinatura do acordo com protestos.
A maioria dos 100 mil palestinos da cidade não gostou do acordo -a cidade será mantida sob ocupação israelense.
A maioria dos 5.500 israelenses de Kiryat Arba, um subúrbio de Hebron, também não gostou.
Como consequência, houve confrontos isolados na cidade durante todo o dia. Uma manifestação judaica reuniu 2.000 pessoas.
"É um acordo contra Israel", discursou o prefeito de Kiryat Arba, Zvi Katzover.
Sua indignação foi além das palavras: a prefeitura abriu um escritório para alistar voluntários para a formação de uma milícia que substitua o Exército israelense.
A imigrante soviética Svetlana Klogin, judia, 54, acha que "os árabes" vão impedi-la de viajar por Israel.
O palestino Taher Dueik, solto ontem pelas autoridades israelenses após 12 anos de prisão, não mostrava entusiasmo com o acordo que propiciou sua libertação.
"A OLP deu tudo o que tinha a Israel", comentou, ao voltar para casa. Sua família estendeu uma faixa, na qual se lia: "Bem-vindo ao lar"

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