São Paulo, sexta-feira, 29 de setembro de 1995
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Cerimônia foi menos pomposa

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

A princípio, o presidente Bill Clinton queria que a cerimônia de ontem tivesse a mesma pompa da de dois anos atrás.
Mas ele foi convencido por assessores políticos de que, às vésperas da difícil campanha eleitoral, seria melhor baixar a bola.
Dois fatores prevaleceram: o receio de passar ao público a imagem de que Clinton gasta tempo demais com política externa e a associação que se tem feito entre o acordo de ontem e a criação do Estado da Palestina.
Clinton precisa do apoio da comunidade judaica dos EUA, que ainda vê com temor a possibilidade de um Estado palestino e com horror a proposta de Jerusalém voltar a ser dividida.
Por isso, a solenidade de ontem foi realizada dentro da Casa Branca, no primeiro andar, no salão leste, com apenas 150 convidados, quase todos representantes de governos de outros países.
Em 1993, a paz foi celebrada no jardim sul da Casa Branca, com 2.800 convidados, entre eles os ex-presidentes Jimmy Carter e George Bush e todas as lideranças políticas dos Estados Unidos.
Desta vez, ao contrário de 1993, Rabin não vacilou antes de apertar a mão de Arafat. A solenidade durou uma hora e 53 minutos.
(CELS)

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