São Paulo, sexta-feira, 29 de setembro de 1995![]() |
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Sete tucanos e um destino
FERNANDO RODRIGUES SÃO PAULO - Falta um ano e quatro dias para a eleição do novo prefeito de São Paulo. Mas dentro do PSDB paulista parece que o pleito vai acontecer amanhã.São pelo menos sete os candidatos tucanos, declarados ou não, à sucessão de Paulo Maluf. Em ordem alfabética, são eles: Celso Russomanno, Emerson Kapaz, Fábio Feldmann, Ricardo Trípoli, Walter Barelli, Walter Feldman e Zulaiê Cobra Ribeiro. Exceto, talvez, Celso Russomanno, é correto dizer que os pré-candidatos tucanos são completos desconhecidos da maioria do eleitorado. E Russomanno ganhou notoriedade não por causa da política, mas por sua atuação em programas de TV. Apesar de ter sido o deputado federal mais votado de São Paulo (233.482 votos), é improvável que o PSDB escolha Russomanno o seu candidato. Considerado um "outsider", dificilmente receberá do partido missão tão importante. Por causa desse vazio -apesar de a eleição estar longe no horizonte- os tucanos se dividem hoje na defesa de duas estratégias diferentes. O bloco dos "desconhecidos" quer uma definição mais rápida do possível candidato, de preferência até dezembro. Assim, garantiriam mais tempo para fixar a imagem do escolhido. Já os caciques do PSDB preferem esperar mais. Acreditam que o Plano Real pavimentará o caminho de uma candidatura mais conhecida a partir de abril ou maio do ano que vem. Está nesse bloco como potencial candidato o ministro das Comunicações, Sérgio Motta. A novidade nessa história toda fica por conta de um sinal que o governador paulista, Mário Covas, deve emitir na semana que vem. Na terça-feira, Covas anuncia programas de desenvolvimento econômico para o Estado. A execução ficará nas mãos de dois secretários seus: Emerson Kapaz e Walter Barelli. Na ala dos "desconhecidos", Kapaz e Barelli demonstram estar entre os mais prestigiados junto ao governador. O que, dependendo do desempenho de Covas, pode representar muito ou pouco. Se a eleição fosse hoje, era o tipo de apoio que representaria quase nada. Mas o sucessor de Maluf será escolhido apenas daqui a um ano. Texto Anterior: Primeiros passos Próximo Texto: Promissória renovada Índice |
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