São Paulo, sábado, 30 de setembro de 1995
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Kawaguchi é cremado no Rio

DA SUCURSAL DO RIO

Embora ainda não tenha sido inaugurado oficialmente, o Crematório de São Francisco, concluído há cerca de 20 dias, foi utilizado pela primeira vez ontem para cremar o corpo de Minato Kawaguchi.
A cremação foi realizada no Rio a pedido do prefeito César Maia (PFL). Ele disse que tomou a decisão para que a família não precisasse levar o corpo até São Paulo, como o Consulado Japonês dissera que faria.
Ainda não há previsão de quando o crematório estará funcionando regularmente.
A prefeitura se ofereceu para arcar com todas as despesas da família Kawaguchi, como transporte e hospedagem.
Maia compareceu ao velório de Kawaguchi. O governador Marcello Alencar (PSDB) mandou seu secretário de Ciência e Tecnologia, Eloy Fernandez, para representá-lo.
Durante o velório, foi rezada missa de corpo presente. Kasuko justificou a realização de uma cerimônia fúnebre católica: "Meu marido não era budista nem cristão, mas, como ele morreu no Brasil, optamos por uma cerimônia católica".
Ela e os filhos, Ginga, 21, e Mari, 16, assistiram à missa e acompanharam o corpo até o crematório. Na saída no velório, Maia apoiou Kasuko em sua crítica à demora no atendimento de seu marido.
"Ela tem carradas de razão. Todos os esforços para melhorar a saúde pública do Rio são poucos perto do que era preciso. O que ela registrou é o que a população do Rio vem registrando há muito tempo", disse.
A delegada Ione de Souza Cruz pediu à Justiça a decretação da prisão provisória do ambulante Paulo Sérgio Cláudio de Oliveira, 23, apontado pela polícia como autor do roubo contra Kawaguchi. Ele está sendo procurado pela polícia.

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