São Paulo, segunda-feira, 1 de janeiro de 1996 |
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Fatos atuais Era véspera da eleição municipal de 88 e Esperidião Amin, candidato em Florianópolis, acabara de chegar em casa, após um dia de campanha. Passava da meia-noite quando o telefone tocou. - Esperidião, tá tudo perdido! Tão mostrando a fita! No outro lado da linha, seu amigo Nodgi Pelizzetti, candidato a prefeito em Rio do Sul, se desesperava. Os adversários haviam conseguido o vídeo de uma festa de aniversário em que ele se excedera nas comemorações e falara, brincando, um monte de bobagens, algumas ofensivas às vítimas das enchentes daquele ano em Santa Catarina. - O PMDB está mostrando a fita nos comícios. O que eu faço? Ambos concordaram que não havia muito a fazer. A não ser seguir o roteiro feito pelos adversários e, em cada local onde a fita havia sido exibida, realizar um pequeno comício e pedir desculpas. Assim fez um resignado Nodgi, acrescentando nos discursos que aquele era o destino de quem se excedia. Ganhou a eleição com 15% dos votos de diferença. Texto Anterior: Às alturas; Isonomia; Mudança de tom; Não cobiçarás; Local estratégico; Imobilizado; Vespeiro; Ano novo; Moderado; Investimento; Balanço; Virando a toga do avesso; Agenda para o ano; Processo continua; Futuro mais distante; Sem 96 não há 98; Votos de ano novo Próximo Texto: Classificação etária não fará censura, diz coordenadora Índice |
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