São Paulo, segunda-feira, 1 de janeiro de 1996
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Maia, penúltimo colocado, acha que atingiu meta e vê posição cristalizada

FRANCISCO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

prefeito do Rio, César Maia (PFL), disse à Folha que a pesquisa Datafolha de final de ano apenas "cristalizou" uma posição que ele disse ter atingido a partir da metade deste ano, "em torno de 25%" tanto na avaliação ótimo/bom como na ruim/péssimo.'
César Maia considera que o resultado representa um avanço, levando-se em conta que antes ele tinha avaliações positivas próximas a 10% e negativas na faixa dos 50%. Na pesquisa Datafolha de dezembro/94, Maia tinha 13% de ótimo/bom e 55% de ruim/péssimo.
Para o prefeito do Rio, na pesquisa de setembro deste ano, quando ele teve 23% de ruim/péssimo, esse índice teria sido anormalmente favorável a ele, resultado que Maia atribui à margem de erro das pesquisas.
Na sua avaliação, naquele momento o percentual de pesquisados que o considerava ruim ou péssimo não estaria abaixo de 26%. Por isso, ele disse acreditar que os 28% de agora refletem melhor a realidade.
César Maia, que foi eleito pelo PMDB, disse que sua gestão tem como característica básica o fato de que ela "não se afasta das suas estratégias".
Isso, segundo ele, faz com que sua gestão tenha "nitidez" e que as pessoas se posicionem em relação a ela.
Ainda seguindo esse raciocínio, Maia afirmou que com o passar do tempo, quando alguns dos seus projetos estiverem consolidados, sua avaliação positiva chegará à casa dos 30%, ficando a negativa na faixa dos 25%.
"Se chegar a isso, acho que o meu governo foi vitorioso", disse Maia, afirmando esperar que já na virada do primeiro semestre de 96 o Datafolha registre esses números na pesquisa sobre sua gestão.
César Maia disse também que os transtornos que as obras que vem fazendo nas ruas do Rio não contribuem para piorar sua avaliação.
Segundo ele, embora as obras estejam gerando alguma insatisfação na zona sul, na cidade como um todo o clima é favorável ao governo.
Nota
O prefeito do Rio disse ainda que os 16% de notas zero que ele teve na pesquisa foram também seu menor percentual de notas zero. Maia afirmou que seu governo vem atacando setores "politicamente muito densos", como os camelôs e os invasores de terras urbanas.
Por isso, ele disse acreditar que dificilmente conseguirá um percentual de notas zero inferior a 15%.
A nota média obtida por Maia, após três anos de administração, foi de 5,1.

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