São Paulo, quinta-feira, 4 de janeiro de 1996 |
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Chuva prejudica 'lição de casa' de jogadores paulistas Clima dificulta programa de treinos durante as férias HUMBERTO SACCOMANDI
Orientados para se exercitarem durante as férias, eles têm de optar entre não correr ou se molhar e arriscar um resfriado. "Ontem (anteontem) eu corri no Piqueri, debaixo de chuva mesmo, mas, hoje (ontem), não dá. Está chovendo muito", disse o lateral-direito Zé Maria, da Portuguesa. Ontem, choveu na cidade pela manhã e a partir do meio da tarde, justamente nas horas em que os jogadores de futebol costumam treinar. O preparador físico da seleção brasileira, Luiz Carlos Prima, elaborou um plano de treinamento para os jogadores que vão disputar a Copa de Ouro, que começa no próximo dia 11, nos Estados Unidos. O objetivo básico dessa "lição de casa" dos atletas durante as férias de final de ano era evitar um indesejado aumento de peso. "Pediram para a gente não fugir muito no peso, porque depois fica difícil recuperar a forma", disse o lateral. Os jogadores terão apenas quatro dias de treinamentos antes da estréia no torneio norte-americano. A equipe se apresenta no próximo domingo, dia 7, quando está previsto o embarque da delegação brasileira para os EUA. Para manter a forma, cada jogador recebeu uma carga de exercícios musculares e um programa de corridas para cumprir durante as férias. Justamente as corridas é que estão sendo prejudicadas pela chuva. O lateral-esquerdo Zé Roberto, também da Portuguesa, saiu ontem à tarde para correr. Pegou chuva e acabou preso num congestionamento devido às inundações na cidade. Para compensar a falta de corridas, Zé Maria reforçou os treinos musculares, numa academia de ginástica. "O Prima pediu para eu trabalhar as pernas". Ele afirmou ter treinado nos dias 27, 28 e 29, em dezembro. Voltou a se exercitar anteontem e ontem. Zé Maria garantiu que conseguiu manter seus 71 kg, mesmo comendo muito nas festas de fim de ano. "Não tenho tendência para ganhar peso". Outro que teve a "lição de casa" prejudicada foi o meia defensivo Flávio Conceição, do Palmeiras. Ontem pela manhã, ele enfrentou a chuva e esteve na sede do clube, no Parque Antarctica, mas não conseguiu correr. O campo estava fechado. Essa carga de treinamento extra reduziu para dez dias as férias dos jogadores convocados para a Copa de Ouro. Para o preparador físico da seleção, esse período de descanso é suficiente para esses jovens atletas. "Em dez dias, o jogador consegue recuperar seis meses de desgaste muscular", afirmou Prima. Mesmo com as férias reduzidas, os jogadores não se queixam. "É uma chance muito importante de conquistar uma vaga na seleção brasileira. Temos de nos esforçar. Vale a pena", disse Zé Roberto. Texto Anterior: Orçamento paralisa governo Próximo Texto: Talento dos jogadores salva dirigentes Índice |
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