São Paulo, quinta-feira, 4 de janeiro de 1996
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Câmara dos EUA rejeita proposta para acabar com a paralisação

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

A Câmara dos Representantes (deputados) rejeitou ontem por 206 votos a 167 proposta aprovada na véspera por unanimidade no Senado para interromper a paralisação do governo dos EUA.
Pouco depois, o presidente Bill Clinton disse que a paralisação é "um desastre provocado por estratégia cínica e deliberada" da oposição. Clinton presidiu reunião do seu ministério convocada para fazer um balanço das consequências da paralisação.
Existem 280 mil funcionários públicos federais fora do trabalho há 20 dias, e outros 500 mil estão trabalhando sem receber pagamentos no mesmo período.
Cerca de 200 mil americanos não podem sair do país porque não conseguem receber passaportes, e 600 mil estrangeiros não podem entrar por falta de visto.
Todos os museus e parques federais estão fechados, e a indústria do turismo, em especial na área de Washington, estaria sofrendo prejuízos de grande porte.
Empréstimos para pequenos negócios, o acompanhamento de doenças contagiosas, a inspeção de lixo tóxico em rios, a investigação de fraudes contra a Previdência e de pais que não pagam pensões familiares são algumas das atividades interrompidas desde 16 de dezembro. A maior parte da pesquisa médica está parada.
Um número ainda não calculado de demissões ocorreu em empresas que fornecem material para o governo federal ou que dependem em grande parte do consumo de funcionários públicos.

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