São Paulo, quinta-feira, 4 de janeiro de 1996 |
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Desrespeito As 526 vítimas do cancelamento, sem prévio aviso, dos pacotes de turismo para passar o réveillon no Caribe lamentavelmente não são as primeiras a serem lesadas pela incompetência ou má-fé de algumas operadoras ou agências de turismo. Já é mais do que hora de esse tipo de desrespeito ao consumidor ser punido rigorosamente. Além do transtorno e frustração impostos aos que esperavam por momentos de tranquilidade e alegria, a quebra do compromisso prejudica a imagem de um grande número de empresas sérias e idôneas do setor. A acertada suspensão, por 30 dias, do registro da operadora Mundirama pela Embratur é o mínimo que se poderia esperar. Do ponto de vista dos que já perderam seu passeio de final de ano, cabe ressaltar que a mera devolução do dinheiro não repara o dano sofrido. Não se pode aceitar que empresas recebam por um dado serviço e no momento de prestá-lo, ou pouco antes, possam simplesmente desfazer o negócio sem qualquer ônus. Afinal, não é raro que quando o compromisso é quebrado já não existam alternativas disponíveis para substituí-lo. Nesse sentido, é digno de reconhecimento o esforço de algumas agências de turismo para realocar os que compraram os pacotes da Mundirama também cancelados para janeiro e início de fevereiro. Ainda que soe acaciano, é oportuno lembrar a importância de tomar informações sobre as empresas com as quais se está transacionando. Texto Anterior: Especulação precoce Próximo Texto: Com o chapéu alheio Índice |
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