São Paulo, sexta-feira, 5 de janeiro de 1996 |
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Último tango em Concórdia Nos anos 70, o deputado estadual catarinense Cláudio Buieschle (MDB) foi passar o réveillon com a família da mulher, em Concórdia, no interior do Estado. Bem-humorado e apreciador da vida noturna, a rotina da pacata cidade não combinava muito com os hábitos boêmios do parlamentar. Certa noite, sua mulher o sogro e a sogra o convidaram para ir assistir "Doutor Jivago", que passava no cinema bem na frente da casa. O deputado alegou uma dor de cabeça e recusou. Depois que os três haviam saído, ele entreabriu a cortina e espiou: a mulher e os pais estavam na fila, prontos para entrar no cinema. O deputado pôs um disco de Carlos Gardel para tocar e convidou a jovem empregada gaúcha para dançar o tango "Garufa". No terceiro rodopio, a garota, que se mostrara uma excelente dançarina, parou bruscamente e olhou arregalada para a porta -os donos da casa haviam voltado porque o cinema estava lotado. Pego em flagrante, o deputado impostou a voz e declarou: - Esta não tem explicação! Texto Anterior: Últimos capítulos; Contra, ainda; Na prática; Por tabela; De encontro; Expulsória; Obstáculo; Sempre aos domingos; Aplainando; Palco; Difícil; Roteiro; No colo; Esperança; Insatisfação; Guerra santa; Verba do ano Próximo Texto: Governo planeja reajuste zero para o funcionalismo Índice |
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