São Paulo, sexta-feira, 5 de janeiro de 1996
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As melhores lutas de 96

WILSON BALDINI JR.

Mike Tyson x Riddick Bowe (pesos-pesados). Roy Jones Jr. x Nigel Benn (supermédios). Oscar De La Hoya x Julio Cesar Chavez (meio-médio-ligeiro). Felix Trinidad x Pernell Whitaker (meio-médios). Maurício Amaral x Luciano "Todo-Duro" Torres (supermédios). Júlio César Vasquez x Terry Norris (médio-ligeiros). Kostya Tszyu x Frankie Randall (meio-médio-ligeiros). Miguel Angel Gonzalez x Olzubek Nazarov (leves). Marco Antônio Barrera x Nassem Hamed (super-galo). Johnny Tapia x Danny Romero (super-moscas). Saman Sorjaturong x Humberto "Chiquita" Gonzalez (moscas). Yuri Arbachakov x Alberto Jimenez (moscas) e Ricardo Lopez x Alex Sanchez (palha).
Calma! Sem desespero. São muitos nomes, alguns difíceis. Mas todos esses duelos são garantia de grandes espetáculos para o boxe internacional em 96.
É possível uma aposta neste início de ano. A coluna coloca os primeiros lutadores da lista como favoritos nos combates. Concordam?
É interessante recortar e guardar a lista. Quantas serão realizadas em 96? Para o bem da nobre arte, melhor seria se todas saíssem do papel e fossem para o ringue.
O entusiasmo não é só do colunista, mas de todos que acompanham o boxe. Essas lutas, que são a grande expectativa do pugilismo contemporâneo, estão tendo seus preços e bolsas discutidas por empresários e lutadores.
Mas é aí que está o velho problema. Quando o negócio fica na mão desses "caras", quem perde é o boxe e quem gosta dele.
Nem os lutadores aguentam tantos campeões em tantas versões. Perguntar quem é o campeão dos pesados pode até ter resposta. Mas fica muito difícil saber quem domina a categoria dos meio-médios.
Um "media guide" sobre pugilismo está cada vez mais difícil de ser feito. São campeões novos todos os meses. Ninguém fica com o cinturão por mais de duas lutas. São os "campeões descartáveis".
Tentam amenizar dizendo que esse grande número de entidades e de títulos é bom para o lutador porque seus prêmios aumentam.
Ora! Tony Tucker e Bruce Seldon receberam pouco mais de US$ 200 mil para disputar o título dos pesados da Associação Mundial de Boxe, em abril.
Já Mike Tyson ganhou mais de US$ 40 milhões para enfrentar os "galinhas-mortas" Peter McNeeley e Buster Mathis Jr..
Cinturão não faz campeão. Mas o inverso é verdadeiro.

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