São Paulo, sexta-feira, 5 de janeiro de 1996 |
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Sequestro de Abílio Diniz vai virar filme
JOSÉ GERALDO COUTO
A produção vai se beneficiar de um tratado de co-produção Brasil-Canadá firmado pelos governos dos dois países em abril passado. Ainda não estão definidos o diretor e o elenco do filme. O roteiro também não foi escrito. Altberg, "candidato natural" à direção, diz que pensa como produtor: "Se for mais conveniente que outro profissional -brasileiro ou canadense- dirija, ele será escolhido". Quanto à abordagem do filme, orçado em US$ 3 milhões, Altberg só tem certeza que se tratará de uma obra de ficção "que não quer julgar ninguém": "Ninguém conhece a verdade definitiva sobre a história. Por isso, o filme não pode ser conclusivo". O produtor se refere, principalmente, ao papel dos dois jovens canadenses, David Spencer e Christine Lamont, envolvidos no sequestro. Eles foram presos no Brasil e condenados a 28 anos de prisão. No Canadá, a família de Christine liderou uma campanha pela extradição dos dois, afirmando que a Justiça brasileira não era confiável e que aqui havia tortura. No Brasil, por outro lado, o sequestro teve implicações políticas. Seu desfecho ocorreu no dia da eleição que levou Fernando Collor à Presidência da República, e muitos consideraram que o incidente prejudicou o candidato de esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva. Altberg, que dirige o programa "Revista do Cinema Brasileiro" (TV Cultura), diz que vai buscar os recursos brasileiros para a produção junto à iniciativa privada, através das leis de incentivo fiscal. Segundo ele, a família de Abílio Diniz ainda não foi informada do projeto. (JGC) Texto Anterior: Revista "Spin" chega às bancas Próximo Texto: Obra de Leonilson busca comunicação ideal Índice |
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