São Paulo, sexta-feira, 5 de janeiro de 1996
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Dirigente palestino faz menção a nazismo e abre crise com Israel

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O responsável pelo setor de Justiça da Autoridade Nacional Palestina indignou israelenses ao pedir que palestinos sejam indenizados da mesma forma que Israel foi indenizado pelos crimes nazistas.
"Enquanto Israel aceitou milhões de marcos da Alemanha, recusou-se a indenizar as pessoas que perderam seus filhos, ou perderam seus olhos, ou perderam suas pernas", disse Freih Abu Medeen. Israel decidiu não indenizar vítimas da intifada, revolta contra a ocupação de Gaza e da Cisjordânia.
Segundo grupos de direitos humanos israelenses, 1.206 palestinos e 179 israelenses foram mortos no levante, que terminou com a assinatura de um acordo de paz entre Israel e a OLP em 1993.
Políticos acusaram-no de comparar israelenses aos nazistas. O ministro da Justiça de Israel, David Libai, tinha reunião com Abu Medeen, mas cancelou o encontro.
O premiê de Israel, Shimon Peres, disse ontem que a OLP terá de retirar até março as cláusulas de sua carta de princípios que pregam a destruição de Israel, sob risco de suspensão das negociações de paz.
Um ativista palestino de direitos humanos que ficou preso pela polícia palestina disse que recebeu ameaça velada a sua família e acusou Iasser Arafat de criar clima de medo em Gaza e na Cisjordânia.

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