São Paulo, domingo, 7 de janeiro de 1996
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Defesa Civil diz ter agido

DA REPORTAGEM LOCAL

O capitão Ricardo Jacó, diretor de coordenação de emergências da Defesa Civil do Estado, disse anteontem que não recebeu as informações do radar do CTH.
O diretor afirmou que não tem como acessar os dados. Segundo o CTH, há uma linha disponível para o órgão desde outubro.
Jacó disse, porém, que havia tomado medidas desde terça, como alertar os municípios do Estado.
Declarou ter trabalhado com previsões meteorológicas da Cetesb (Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental) feitas às 11h e 19h de quarta-feira.
"Se tivesse a informação, teria usado. Duas horas, em uma emergência, é caso de vida ou morte", afirmou.
Coordenadora de Imprensa do Estado, Meire Zaidan disse que às 15h de terça começou a reversão do curso do rio Pinheiros (que deságua no Tietê) para a represa Billings. Isso reduz o nível dos rios da cidade, atenuando o efeito das enchentes.
A assessoria de imprensa da prefeitura comunicou que a Secretaria das Administrações Regionais comentaria as informações do radar.
A assessoria da secretaria remeteu o assunto à Defesa Civil do município. Encarregado de equipe da Defesa Civil, Almir Moreira atendeu a Folha no lugar do tenente David Miranda, secretário-executivo do órgão.
"Não acredito que a informação tenha chegado a nós"', disse Moreira anteontem às 16h30. Ele afirmou, porém, que iria checar. Às 18h45, disse que não podia verificar porque estava atendendo desabrigados.
Moreira afirmou que a Defesa Civil agiu assim que foi comunicada de inundações e desabamentos.
O presidente da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), Gilberto Lehfeld, disse que recebeu informações do radar do CTH sobre o volume da chuva.
Afirmou que a CET estava em "estado de atenção" desde as 16h38. Segundo ele, a CET não fecha a marginal antes de o Tietê transbordar. "Isso seria uma operação complicada e não resolveria o problema."
"Já tivemos previsões de que o rio transbordaria que não ocorreram", disse.

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