São Paulo, domingo, 7 de janeiro de 1996
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10 ANOS DE JUSTIFICATIVAS

ÁGUA DEMAIS
"A única responsável pelas enchentes foram as chuvas. O índice pluviométrico registrado na zona leste foi excessivamente alto. A chuva foi rápida e localizada"
(Mário Covas, prefeito, 3.01.85)

"As zonas oeste e sul foram as mais atingidas por causa da intensidade das chuvas, que por pouco não atingiu a média normal de um mês"
(Reynaldo de Barros, secretário municipal de vias públicas, 4.01.96)

O POVO NÃO AJUDA
"A cidade é muito grande e a população contribui muito pouco"
(Sampaio Dória, secretário das Administrações Regionais, explicando que a população provoca entupimento de bueiros ao jogar detritos neles, 24.01.85)

"Enquanto a população não se conscientizar de que a cidade é de todos, de que não deve jogar lixo nas ruas e córregos, o problema das enchentes continuará"
(Maluf, prefeito, 7.02.95)

PROBLEMA COMPLEXO
"Não existe medida isolada que possa resolver o problema das enchentes. Será necessária uma série de ações do Estado e da prefeitura para reduzir o efeito das cheias"
(Werner Zulauf, coordenador do grupo de estudos de Recursos Hídricos e Saneamento do governo Montoro, 3.02.83)

"É muito difícil evitar enchente. Com obras, você pode minorar essa coisa. Mas chegarmos um dia a dizer que nunca mais haverá enchente -isso é utópico"
(Mário Covas, governador, sexta-feira passada)

ESTADO E PREFEITURA
"O rio Tietê não é responsável da cidade de São Paulo. Estava dando enchente e as bombas estavam paradas"
(Maluf, prefeito, 8.12.94)

"Maluf fez muito pouco para resolver as enchentes"
(Fábio Feldmann, secretário estadual do Meio Ambiente, quarta-feira passada)

O MESMO FILME
"É a mesma cena de anos anteriores"
(Luiza Erundina, prefeita eleita, 23.12.88)

"Inundações em São Paulo são como o Carnaval: se repetem no início de cada ano"
(Mário Covas, governador, sexta-feira passada)

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