São Paulo, domingo, 7 de janeiro de 1996 |
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'Setor econômico é insensível'
FERNANDO ROSSETTI
"No mundo ideal, todo o mês seria pago 1/12 do orçamento do ano", diz o chefe de gabinete do Ministério de Ciência e Tecnologia, Oskar Klingl. "Mas, no mundo real, tem a Secretaria do Tesouro Nacional, que faz esse repasse com certa irregularidade e com outra lógica, que é a de buscar um equilíbrio entre a receita e as despesas", diz. "O presidente tem grande sensibilidade para a área de ciência. O que está faltando é mais uma compreensão do setor econômico-financeiro do governo", diz Eduardo Krieger, presidente da Academia Brasileira de Ciências. O vice-presidente da SBPC, Jacob Palis, tem opinião idêntica: "A área econômica do governo tem que ser sensibilizada para as próprias diretrizes do presidente." As diretrizes, no caso, estão presentes no plano plurianual do governo FHC: chegar ao ano 2000 investindo 1,5% do PIB (Produto Interno Bruto) em ciência e tecnologia. Hoje, investe-se 0,7%. Para isso, é necessário que o governo aumente em 15% ao ano os recursos destinados para a área. Pelo orçamento enviado ao Congresso pelo setor econômico do governo, essa meta já não seria atingida este ano. O aumento previsto é de 8% -o que, mesmo assim, significa um orçamento recorde para a área. Mas os cientistas colocaram no projeto orçamentário emendas que elevam em 15% essas verbas. A disputa deve se resolver este mês, com a convocação extraordinária do Congresso. (FR) Texto Anterior: Descontinuidade de verbas atinge ciência Próximo Texto: Departamento ganha com bolsas Índice |
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