São Paulo, domingo, 7 de janeiro de 1996
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Nova central busca alternativas contra a escassez de empregos

LUÍS PEREZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Dois terços das organizações sindicais estão fora das centrais -que no Brasil tem como principais representantes a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a Força Sindical.
Para buscar essas instituições, surgiu há um mês uma nova central, a CAT (Central Autônoma de Trabalhadores). "É esse o nosso mercado", afirma Laerte Teixeira da Costa, 50, presidente da CAT.
Segundo ele, um dos objetivos da nova central é buscar alternativas para a escassez de empregos.
Ele destaca a área de serviços. "Não podemos olhar mais somente para o setor formal de trabalhadores. O trabalhador com carteira assinada talvez seja o que hoje necessita da menor proteção", diz.
"É preciso organizar a forma de dar proteção ao autônomo, que no Brasil é tido como patrão, o que não é verdade."

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Folha - Qual é a principal proposta da CAT?
Laerte Teixeira da Costa - No passado, o sindicalismo se atrelou muito a ideologias ou a partidos. Não queremos nos vincular a partidos, igrejas, patrões e governo.
Isso não quer dizer que não possamos ter com eles um trabalho de discernimento ou até cooperação para resolução de problemas. Mas queremos ser independentes.
Folha - O que a CAT vai fazer contra a escassez de empregos?
Costa - Estamos estudando. Achamos, por exemplo, que o cooperativismo é uma das formas alternativas de desenvolvimento.
Nessa área, fazemos uma avaliação sobre as fórmulas alternativas de desenvolvimento que possam oferecer maiores possibilidades de emprego.

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