São Paulo, segunda-feira, 8 de janeiro de 1996
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J. Macêdo quer mais biscoitos

DA SUCURSAL DO RIO

A J. Macêdo Alimentos pretende dobrar em 1996 sua participação no mercado paulista de biscoitos. Atualmente, a empresa detém uma singela fatia de 3,5% desse mercado.
Para ampliá-la, a J. Macêdo está lançando produtos diferenciados e, além disso, prevê uma expansão de sua fábrica na Lapa, com investimentos da ordem de US$ 800 mil.
Com a expansão, a fábrica passará a ter uma capacidade de produção de mil toneladas por mês de biscoito, ante 600 toneladas atualmente produzidas pela unidade.
Parte da produção de biscoitos da J. Macêdo vem da fábrica em Aratu, na Bahia, com capacidade para 2 mil toneladas/mês.
O objetivo, segundo o diretor de marketing, Nelusko Linguanotto Neto, é, no médio prazo, diminuir a importância da farinha no faturamento da empresa. A farinha representa atualmente 70% do faturamento. Massas vêm em segundo lugar, com 20%, seguidas de biscoitos, com 10% das vendas.
Linguanotto quer que os biscoitos passem a ser responsáveis por 50% das receitas, as massas por 30% e a farinha, 20%.
A diminuição da importância da farinha na J. Macêdo deve-se à dificuldade de desenvolver novos produtos por tratar-se de uma "commodity" (produto básico). "Dá para brincar muito mais com biscoitos e massas", diz Linguanotto.
Em 1996, o investimento em marketing -não divulgado- será o dobro do ano passado. Além de São Paulo, a J. Macêdo vai investir pesado no Rio.
Um dos lançamentos, previsto para o início de março, será o de um biscoito doce. Para competir com biscoitos tipo cream cracker, a J. Macêdo está lançando o Salt Cracker, mais fino e mais claro do que o da concorrência.
Apenas no Nordeste continuarão a ser vendidos biscoitos como recheados de chocolate. "Lá quem tem que competir é a Nestlé, que tem 3% do mercado, enquanto nós temos 60%", disse Linguanotto.
Também haverá novidades, segundo ele, na linha de pipocas da marca Fama, para forno de microondas.
"Fomos os primeiros a lançar a pipoca e apresentaremos um produto que não existe nem no exterior", disse.

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