São Paulo, sexta-feira, 12 de janeiro de 1996 |
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Fernando Henrique cita 18 intelectuais
CLÓVIS ROSSI
Os brasileiros foram Florestan Fernandes, sociólogo e deputado federal petista, já morto, e Antônio Cândido, professor, crítico literário, ideólogo do socialismo. FHC não se incomodou de atribuir uma de suas idéias centrais sobre o Estado (a da porosidade) a um dos mais famosos ideólogos marxistas, o italiano Antonio Gramsci (1891-1937). Gramsci, aliás, foi um dos fundadores do PCI (Partido Comunista Italiano, hoje cindido em dois pedaços). Citou também seu amigo pessoal, o espanhol Manoel Castells, como o autor da definição "organizações neo-governamentais" para caracterizar as ONGs (Organizações Não-Governamentais). Mas FHC não ficou nos intelectuais de esquerda. Passeou também por Friedrich Hayek, um economista austríaco, prêmio Nobel de Economia em 74 e um dos críticos mais duros das idéias socialistas. Ou por Milton Friedman, economista norte-americano que é um dos ícones do liberalismo. Disse que conhece bem Descartes e acrescentou, quase como se estivesse em uma sala de aula: "Se você o entendeu bem, se você entendeu as regras do método, sabe como é o movimento do pensamento. Então, você aprendeu não só Descartes, aprendeu a pensar". A lista de citações não se esgota, em todo o caso, nos intelectuais, mortos ou vivos, nacionais ou estrangeiros. FHC fala de políticos contemporâneos sempre com um certo tom de intimidade. É o caso, por exemplo, do premiê espanhol Felipe González e do presidente cubano Fidel Castro. (CR) Texto Anterior: FHC vê "Estado de mal-estar social" Próximo Texto: Ciro Gomes acusa o governo de corrupção Índice |
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