São Paulo, sexta-feira, 12 de janeiro de 1996
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FHC mantém salário maior para militares

SÔNIA MOSSRI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso decidiu que a remuneração dos militares terá tratamento diferenciado dos vencimentos dos servidores civis. Prometeu aos ministros militares manter as duas gratificações criadas em 1995 para as Forças Armadas.
FHC determinou que o ministro da Fazenda, Pedro Malan, estude as disponibilidades de caixa para manter as gratificações ao longo de 96. O ministro-chefe do Emfa (Estado-Maior das Forças Armadas), general Benedito Onofre Bezerra Leonel, reuniu-se com Malan para discutir a permanência das gratificações.
As gratificações significam um aumento médio de 22% nos vencimentos dos militares. A Folha apurou que FHC não quer enfrentar uma nova crise com os militares por causa da questão salarial.
Ele acertou com os quatro ministros militares promover uma recuperação gradual dos vencimentos militares durante os quatro anos do seu governo. As gratificações constituem o mecanismo encontrado pelo Planalto para dar reajustes aos militares, sem que eles sejam repassados aos civis.
Os Ministérios da Fazenda e do Planejamento alegam que não há verbas disponíveis em 96 para conceder aumento geral para todo o funcionalismo público federal.
Os dois ministérios estão analisando eventuais cortes no Orçamento de 96, que ainda não foi votado, para possibilitar o reajuste do funcionalismo e a manutenção das gratificações dos militares.
São duas as gratificações criadas por FHC para os militares: Gratificação de Condições Especiais de Trabalho e Gratificação Temporária. A temporária terminou em dezembro e representa 10% do salário dos militares.

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