São Paulo, sexta-feira, 12 de janeiro de 1996
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Peritos iniciam devassa contábil na operadora de turismo Mundirama

CRISPIM ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

Peritos do IC (Instituto de Criminalística) iniciaram ontem uma devassa contábil na Mundirama Operadora de Turismo, acusada de lesar em São Paulo mais de 700 pessoas, que deixaram de viajar porque a empresa não pagou passagens aéreas e reservas de hotéis.
Segundo o delegado Guilherme Santana, diretor de Economia Popular do Decon (Departamento Estadual de Polícia do Consumidor), o objetivo é descobrir o tamanho do golpe aplicado pela empresa.
O levantamento deve ficar pronto em cerca de dez dias. Com base no resultado, será pedida a prisão preventiva dos donos da empresa, Maurício Roitman, que está no Sul do país, e sua mulher, Isabel, que está na Argentina.
"Se o levantamento for feito com imparcialidade, vai comprovar que não houve golpe algum", afirmou Francisco Lobo da Costa Ruiz, um dos advogados do casal. Ele entra hoje com um pedido de habeas corpus para tentar revogar a prisão temporária dos dois.
Ruiz afirmou ainda que vai requerer na Justiça a reabertura da sede da empresa, que está lacrada pelo Decon. Segundo ele, sem isso não há como fazer o reembolso às vítimas. Com a reabertura, o advogado acredita que aumentam as possibilidade de Maurício Roitman se apresentar à polícia.
O delegado Santana declarou que a reabertura da sede só vai acontecer após a devassa contábil. Ele afirmou ainda que recebeu uma informação ontem de que Roitman teria dado um golpe de US$ 600 mil na Grécia.

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