São Paulo, sexta-feira, 12 de janeiro de 1996
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Goleiro levou 9 gols num jogo

MÁRIO MAGALHÃES
DO ENVIADO A LOS ANGELES

O Canadá que o Brasil enfrenta hoje é uma equipe no exílio. Dos 18 jogadores inscritos para a Copa Ouro, 10 são radicados no exterior (Inglaterra, China, Portugal, Holanda, Escócia e Bélgica).
A mudança para a Europa é a melhor perspectiva dos atletas, num país em que o futebol não é dos esportes mais populares.
Dois jogadores atuam no "indoor soccer" canadense, partidas em campos cobertos, menores do que o permitido pela regra e com grama sintética.
Quando são chamados para a seleção, eles voltam a jogar em campos normais.
A estrela do time é o goleiro Craig Forrest, do clube inglês Ipswich Town.
No ano passado, ele sofreu nove gols do Manchester United numa só partida do Campeonato Inglês, mas não foi considerado o culpado pelo fiasco.
Anteontem, na abertura da Copa Ouro, uma bola entrou no seu gol, mas o árbitro não viu, dizendo que a bola não passou da linha.
A base da equipe canadense de hoje é a mesma da que empatou com a seleção brasileira principal em 1 a 1, pouco antes da Copa de 1994, em Edmonton (Canadá).
O técnico Bob Lenarduzzi teme cansaço. O zagueiro Fletcher voltou a jogar anteontem, depois de ficar parado quatro meses.
O atacante Bunbury chegou aos Estados Unidos três horas antes do jogo de anteontem, contra Honduras, quando o Canadá venceu por 3 a 1.
Lanarduzzi disse ontem à Folha que não prevê nenhuma vantagem para seu time por jogar com jogadores experientes, contra os jovens brasileiros, hoje.
"Eles vão se esforçar ainda mais para provar que podem integrar a seleção principal em muito pouco tempo."
O treinador afirmou não saber "absolutamente nada" sobre os atletas brasileiros.
"Não é menosprezo, sei que são talentosos, que vão mostrar qualidades, mas só os conhecerei em campo."
(MM)

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