São Paulo, sábado, 13 de janeiro de 1996
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Empresa quis negociar com banco

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O diretor de Planejamento da Organização Arnon de Mello, Fernando Moretzson, declarou que a dívida com o Econômico é o único débito do grupo junto à rede bancária. Segundo ele, o débito será quitado.
Moretzson negou que o empréstimo tenha sido troca de favores entre o então presidente Fernando Collor (1990-92) e o banqueiro Ângelo Calmon de Sá, segundo a acusação feita por técnicos do BC e procuradores da República que investigam o caso Econômico.
"O empréstimo foi concedido em fevereiro de 1993, época em que Fernando Collor não era mais presidente e não poderia mais fazer qualquer interferência para o banco", disse o diretor.
A direção da empresa informou desconhecer o que levou o Econômico a não ter feito a cobrança da dívida atrasada. A empresa enviou à Folha cópia do pedido de renegociação da dívida feito ao Econômico em 24 de agosto de 95.
A Folha ligou para a Casa da Dinda, em Brasília, onde morava Collor. Um funcionário informou que iria ligar para Miami (EUA), onde ele mora hoje, mas não retornou a ligação até as 20h. Em Salvador, Ângelo Calmon de Sá, não foi localizado. O advogado de uma das empresas do Econômico, Nelson Felmanas, disse que desconhece o empréstimo e o motivo da falta de cobrança.

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